
Segundo
o MPF, o retardo indevido do ato de ofício (a Constituição do Paraná obrigava
que abertura de processo contra o governador passasse por autorização do
Legislativo) ocorreu em ação penal em que Richa era denunciado por aplicar
irregularmente R$ 100 mil recebidos do Fundo Nacional de Saúde, ainda quando
prefeito de Curitiba. O pedido de autorização foi encaminhado pelo STJ em
novembro de 2011, reencaminhado em novembro de 2012, mas não foi colocado em
pauta na Assembleia, presidida pro Rossoni, até agosto de 2013, quando o
Ministro Herman Benjamim, relator do feito, determinou a suspensão do processo
e do prazo da prescrição da pretensão punitiva.
Somente
com a provocação da representação formulada pelo Deputado Federal Dr. Rosinha
(PT) ao Ministério Público Estadual, em outubro de 2014, Rossoni colocou o
pedido de autorização em votação. E a abertura do processo foi rejeitada pela
Casa. “Registre-se que somente em 13/10/2014, quase três anos após a primeira
solicitação do STJ e quase dois anos após a segunda, Valdir Luiz Rossoni cessou
o retardamento indevido”, destaca a PGR na denúncia.
Para o
MPF, a satisfação de interesse pessoal por Rossoni é evidenciada não apenas
para violação elementar de dever inerente ao cargo que exercia à época, na
Presidência da Casa Legislativa daquele estado, mas, sobretudo, por ser amigo,
aliado e braço-direito do Governador Carlos Alberto Richa, situação reforçada
pelo fato de, hoje, Rossoni ser o chefe da Casa Civil de Richa.
Através
de sua assessoria de imprensa, Rossoni informou que já esperava o
encaminhamento da denúncia, uma vez que recusou o acordo com a PGR. Ele afirmou
que aceitar o acordo seria uma confissão de culpa e, como alega inocência, irá
se defender no processo.
Neste
ano, o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional as leis estaduais
que exigem autorização das Assembleias Legislativas para a abertura de
processos contra governadores.
Fonte:
paranaportal.uol
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